O projeto interdisciplinar Cidade Sustentável foi desenvolvido pelos estudantes, professores, coordenação pedagógica e gestão escolar da E. E. Senador Francisco N. Coelho, em Guanhães. O projeto, sob coordenação da professora Débora Silva, da diretora escolar Flávia Vilela e da especialista da educação básica Lívia Rocha, ocorreu em 4 etapas. Na primeira, os estudantes visitaram o aterro sanitário da cidade. As condições de trabalho dos catadores chamou a atenção da comunidade escolar. No mesmo dia, os alunos visitaram a oficina de trabalho do senhor Magno Marcelino. Magno, que também é artista plástico, gerencia obras na construção civil e desenvolve projetos a partir dos princípios da sustentabilidade, menos consumo, menos materiais, reciclagem dos resíduos e compromisso ambiental.

Na segunda etapa do projeto, estudantes e professores participaram da tradicional festa realizada pelo povo Pataxó, na Serra da Candonga. Foi uma oportunidade de conhecer a cultura dos povos originários e prestigiar um evento de preservação da cultura indígena na região. A experiência de cuidado com os recursos naturais dos povos indígenas é um exemplo para toda a sociedade brasileira.

Depois da participação do estudante Guilherme Barroso, no mês de junho, no jornal da Folha, emissora de rádio na cidade de Guanhães, para falar sobre educação ambiental, Magno Marcelino se colocou à disposição da E. E. Senador F. N. Coelho para reproduzir a maquete da cidade sustentável. O trabalho começou no mês de outubro e durou até dezembro. Magno contou com o apoio de dezenas de empresas da cidade, consultoria em meio ambiente, orientação de profissionais das áreas de engenharia civil, ambiental e arquitetura. Recebidos pelo artista guanhanense em sua oficina de trabalho, os estudantes participaram de todas as etapas da produção da maquete.

Aos 10 de dezembro de 2024, a maquete foi instalada no pátio da escola. Professores, estudantes, universitários e profissionais liberais participaram do evento.  Energia solar, fotovoltaica, biodigestor, extensa área verde, rede pluvial e saneamento básico compõem a estrutura da maquete. Um avanço para a cidade, a maquete vai produzir mudas permanentemente. No dia da inauguração, as proprietárias da empresa Nativa Engenharia e Soluções Ambientais, Lorrany Carvalho e Ana Cláudia, forneceram para plantio sementes de Braúna, planta nativa da nossa região, e de Ipê.

A realização de projetos de educação socioambiental nas escolas é urgente. A parceria entre setor público e privado, com a participação ativa de cidadãos preocupados com o problema, é uma saída para o enfrentamento da crise climática. Soluções existem e são viáveis. Magno Marcelino nos mostra as possibilidades. A disposição para refletir sobre esses temas e propor ações de preservação ambiental, menos consumo, mais sustentabilidade, começa nos espaços escolares. Na E. E. Senador F. N. Coelho há um viveiro de produção de mudas de espécies nativas para Guanhães, garantindo o reflorestamento e preservação do ecossistema. As escolas de educação básica são sementeiras, plantam-se mudas, sonhos, projetos e ações de cuidado com o planeta.

Por Luís Carlos Pinto

E.E. Senador Francisco  Nunes Coelho

 

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